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 Sonhos [OndeShot/Original]

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Shizuka Kicho
Misa Amane
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Shizuka Kicho


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MensagemAssunto: Sonhos [OndeShot/Original]   Sonhos [OndeShot/Original] Icon_minitime1Qui Jul 15, 2010 2:04 pm

Gente, espero que gostem, é uma OneShot que eu escrevi de madrugada... não tava com sono -.-'

Titulo: Sonhos

Autoras: Shizuka Kicho

Censura: Livre

Gênero: Não sei -.-‘

Status: Completo

***Sonhos***


O garoto corria pela floresta, olhava para trás, mas sem se atrever a parar de correr, corria como se uma fera bestial estivesse vindo a seu encalço. Corria, mas não sabia para onde, e nem de que, somente corria. O medo brotava de seus poros, um medo que lhe devorava a alma, e despedaçava seu coração, sentia vontade de chorar, mas a euforia do momento não lhe permitia.

Continuou correndo sem rumo, até que encontrou uma clareira, e nela jazia uma linda fonte ao centro, a fonte tinha duas estatuas de anjos, idênticos, com as mão entrelaçadas e suas asas abertas, um de frente para o outro, com expressões tristes, parecendo se amarem, mas não permitidos ao ato. As estatuas eram feitas de cerâmica, mas já estavam muito velhas, perdendo um pouco de sua brancura, mas sem perder a majestade. Em volta das estatuas, ficava um pequeno cercado de águas cristalinas, deixando aquela visão ainda mais exuberante.

Percebeu que ali, naquele lugar, seu coração se aquietara, e sua alma se acomodara no fundo de seu ser, aquele terrível medo sentido a pouco, sumira quase que completamente, como se aquele lugar fosse santo, uma base de proteção contra o mal a espreita lá fora na floresta escura. Sentia-se muito bem ali, aquele lugar era quase um manto protetor, como se estivesse protegido contra todas as pragas do mundo, aquele conforto lhe enchia a alma, e acalmava seu coração.

Sentou-se na beirada da fonte, vendo as águas se mexerem ao toque suave da brisa, e contemplando seu brilho ao resplandecer a linda luz da lua, que espreitava cheia no céu. Pôs-se a olhar algo dentro da água, alguma coisa no fundo daquele manto cristalino lhe chamou a atenção. Estendeu a mãos tocando a água com as pontas dos dedos, hesitando um pouco, pois aquela majestade de tão pura que era, parecia ser intocável, mas por fim enfiou a mão pegando o objeto. Era uma chave. A chave era revestida de ouro velho, com o emblema de asas ao longo do seu corpo. “Mas para que isso serve?” perguntava-se o menino.

Ao ficar ali observando a chave, percebeu que o medo sentido antes estava voltando a seu coração com mais força e rapidez, olhou em volta e viu um par de olhos feito brasas incandescente a sua espreita na escuridão das arvores ao redor da clareira, os olhos pareciam estar prontos para atacar uma vitima indefesa, aquele olhar emanavam adio, mas ao mesmo tempo... tristeza. Não sabia como conseguira ver tudo aquilo diante do medo que sentia, mas sentia em seu coração que aquela... seja lá o que for, estava cheia de ódio no coração, mas também sentia que o ódio era causado pela tristeza daquele olhar. O medo foi crescendo em seu peito, era quase insuportável, mas a criatura não se movia, nem mesmo piscava, sua silhueta era imperceptível na escuridão da noite, e mesmo com a luz nítida e clara da lua, a escuridão em volta daquele “monstro” era impenetrável.

Não tenha medo... – dizia uma voz clara e delicada em sua mente.

Notou que apertava aquela chave contra seu peito, com toda sua força. Apertava como se aquele objeto fosse um tesouro, e que aquela criatura imóvel na escuridão só estivesse esperando uma brecha para tirar aquela chave antiga de suas mãos.

Lá estava ele, de pé segurando a chave tão forte em seu peito que chegava a doer, de frente com aqueles olhos penetrantes, o medo lhe corroia por dentro, mas não se permitia a dar um passo para longe daquela clareira. Desviou seu olhar para a chave, e virando-a com o emblema para baixo, notou que tinha algo escrito naquele lado do objeto, estava escrito a seguinte frase:

- Sem rosas, pelo triste céu enrubescido, senti em minha pele as asas de um arcanjo errante – leu o menino em voz alta.

Percebeu que aquela criatura enfiada na mata se enrijecera, por fim indo embora, como se agora aqueles olhos tristes tivessem ganhado a sombra do medo, manchando sua postura e exuberância. Com o coração mais aliviado, pelo fato de não estar mais sendo vigiado, pôs-se a meditar sobre aquelas palavra, sentia que eram muito importantes e valiosas, mas nada veio-lhe a mente. Até que um novo medo percorreu pelo seu corpo, tinha agora medo daquelas palavras, inexplicavelmente e simplesmente... medo.

Não tenha medo – repetiu gentil voz em sua cabeça.

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O menino acordou ofegante, olhou para os lados, estava em seu quarto, percebeu que em seu radio-relogio marcavam 3:30AM, notou que segurava algo contra seu peito, segurava tão forte que as juntas de seus dedos doíam. Olhou para o objeto, e seus olhos acostumados com o negrume do quarto, conseguiram identificar o que era... era a CHAVE!

“mas como?” perguntava-se o garoto assustado.

Levantou-se em um salto da cama, jogando a chave sobre o travesseiro, agora ofegava ainda mais com a falta de ar em seus pulmões,como poderia? Ele avia sonhado, não lembrava de ter visto aquela chave a não ser em seu sonho, então como ela estaria ali? Será que aquela noite poderia ficar ainda mais estranha? Será que aqueles sentimentos de medo não iriam embora nunca? E por que só em sua vida coisas estranhas aconteciam?

Foi até o banheiro que tinha em seu quarto, olhou no espelho, estava suado, sua pele tão branca como alabastro e suas bochechas muito vermelhas. Ainda ofegava, mas agora com menos dificuldade de respirar do que anteriormente. Seus cabelos curtos e castanhos, estavam molhados de suor, e seus olhos negros, com profundas olheiras. Lavou o rosto em sua pia, tentando esfriar a cabeça e colocar os pensamentos em ordem, secou-se com uma toalha que ficava ao lado. Voltou a seu quarto e foi até a janela, precisava tomar um ar, ao abri-la a lua lhe chamou atenção... estava tão grande e bela, e seus raios lunares embelezavam aquela cidade adormecida.

- o que está destinado a mim? – perguntou o garoto à lua.

E ali ficou Augusto, com lagrimas nos cantos dos olhos, sem saber que seu destino já fora selado, sem saber que agora estava preso no mundo dos sonhos, onde a noite nunca sumiria com os raios do sol... pois a estrela morta ali nunca nascia, sem saber que havia trocado de lugar com algo horrível, e agora esse algo horrível tinha tomado seu lugar na terra, para trazer desgraça e destruição. Estava agora no mundo dos sonhos, um lugar de onde jamais sairia, a não ser que a besta retornasse... algo que não aconteceria, pois havia deixado a chave do destino ali, e a porta da dimensão trancada.

The And


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